Brasileiro aumenta gastos com bebida alcoólica
Um dos principais problemas de saúde pública no Brasil, a dependência do álcool é uma doença crônica que atinge cerca de 10% da população, em sua maioria, homens entre 18 e 29 anos. Embora faça parte do contexto de vida social para muitas pessoas, seu consumo exagerado traz inúmeras complicações para a saúde, além de pesar no bolso. Dados do IPC Maps, especializado em potencial de consumo, indicam que, em 2023, as famílias brasileiras gastaram cerca de R$ 33,4 bilhões em bebidas alcoólicas, o que representou um acréscimo de 18,7% em relação ao ano anterior, quando as despesas somaram R$ 28,1 bilhões. Só no Estado de São Paulo, mais de R$ 8,8 bilhões foram desembolsados no ano passado, contra R$ 7,4 bilhões em 2022, o que equivale a uma alta de 18,2%.
ECONOMIA COM REFORMA TRIBUTÁRIA
As empresas brasileiras economizarão R$ 28 bilhões por ano apenas com a redução do tempo gasto para calcular e pagar seus impostos caso a Reforma Tributária, em tramitação no Congresso, seja aprovada ainda este ano. O montante foi calculado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), com base em um estudo feito pela Ernest Young e pela Endeavor. Este número de R$ 28 bilhões está inserido dentro do Custo Brasil total de R$ 1,7 trilhão, definido em uma parceria do MBC com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). "Destes R$ 1,7 trilhão, o segundo maior valor está relacionado ao eixo tributário, representando entre R$ 270 a R$ 310 bilhões por ano", afirmou a diretora executiva do MBC, Tatiana Ribeiro. No eixo de tributos, que consta na Mandala do Custo Brasil, existe um subitem, chamado de complexidade tributária – onde está inserido, justamente, os prejuízos das empresas com o tempo perdido para cumprir seus deveres perante o Fisco. "Quando a gente analisa o pilar de complexidade tributária, ele representa R$ 67 bilhões/ano. Economizar R$28 bilhões significa uma redução de 42% apenas nesse indicador", completou Tatiana.
FATURAMENTO DAS PEQUENAS EMPRESAS
O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) indica que a movimentação financeira real média das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras apresentou crescimento de 7% em 2023 na comparação anual. No quarto trimestre de 2023, o índice mostrou avanço de 12,7% no setor, frente ao mesmo período do ano anterior, após +8,4% no terceiro trimestre. O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$50 milhões anuais, consistindo no monitoramento de 678 atividades econômicas que compõem quatro grandes setores: Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços. Marcelo Lombardo, CEO e cofundador da Omie, ressalta sobre o monitoramento desse setor: “Em um cenário em que as PMEs representam quase 30% do PIB nacional, segundo o Sebrae, e mais da metade do total de empregos formais, é de extrema importância acompanhar o desempenho econômico dessas empresas. O índice da Omie é importante para analisar o momento em que essas empresas estão, alinhando com as expectativas dos empresários para o futuro”.
POUPANÇA VALE A PENA?
Ao considerar opções de investimento, a poupança parece ser a uma escolha assertiva para muitos brasileiros. O que prova isso são os dados divulgados esta semana pelo Banco Central (BC), R$ 968 bi é o saldo dos depósitos de poupança no Brasil, em janeiro de 2024. Mas será que vale deixar seu dinheiro na poupança? Para se ter uma ideia, atualmente, o rendimento da poupança em 0,5% mais a variação da TR, segundo dados do Banco Central. O analista de investimento da Money Wise Research, Ivan Eugênio, explica que a rentabilidade da poupança é historicamente baixa e muitas vezes não consegue superar a taxa de inflação. “Isso significa que, ao deixar seu dinheiro na poupança, você pode estar perdendo poder de compra ao longo do tempo. Investir em opções mais rentáveis pode proteger seu dinheiro da desvalorização causada pela inflação”, pontua Ivan Eugênio. Outro ponto que chama a atenção é a diferença entre o volume de saques e depósitos realizados nas cadernetas de poupança durante o mês de janeiro. Ainda de acordo com o Banco Central, enquanto foram depositados R$ 332,266 bilhões, o valor dos saques chegou R$ 352,415 bilhões. Renan Diego, educador financeiro, avalia esse fluxo como positivo. “Apesar de um dos motivos para esse resultado ser o endividamento da população, há um lado positivo: ele também demonstra uma mudança no perfil dos brasileiros, que passaram a retirar suas economias da poupança para buscar investimentos melhores”, observa.
CONSUMO 50+
A ascensão da geração prateada já é uma realidade. O setor movimenta R$ 2 trilhões anualmente somente no Brasil, conforme dados da consultoria Data8. Podemos observar uma sociedade que integra expressiva presença de indivíduos com 50 anos ou mais, em comparação com duas décadas atrás. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a expectativa de vida atual é de 73,3 anos. No país, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relata aumento médio de seis anos. As pessoas estão ficando mais velhas e ativas por mais tempo, portanto é essencial atender plenamente às suas necessidades. Ressignificar o conceito de velhice se torna crucial para a reconstrução social, a fim de transformar integralmente a experiência após a meia-idade. Nesse contexto, a economia prateada surge como um mercado em ascensão, reconhecido pela ONU como uma das quatro megatendências do século 21. Sendo assim, é preciso desmistificar o pensamento empresarial, visando a formas inovadoras de servir a um grupo em constante crescimento, que está enriquecendo e adquirindo mais poder de compra e escolha.
TENTATIVAS DE FRAUDES
Em novembro de 2023, segundo o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, foram registradas 26.798 ocorrências fraudulentas por dia, totalizando 830.740 no mês – uma queda de 0,8% em relação a outubro. Com uma investida criminosa a cada 3,1 segundos, focadas em roubos de identidade, os dados chamam atenção para que consumidores redobrem a atenção aos seus dados e documentos o tempo todo. O setor de “Bancos e Cartões” foi o mais visado pelos fraudadores em novembro, com 50,0% das investidas criminosas. A área com menor incidência foi a de “Telefonia” (1,3%). São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram o ranking de estados onde mais acontecem tentativas de fraudes. O Paraná é o quarto colocado neste ranking.
PREVISÃO DE INFLAÇÃO DO ANO CRESCE
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve elevação, passando de 3,81% para 3,82% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta quinta-feira (15), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 3,5% para 3,51%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,5% para os dois anos. A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.
ESTIMATIVA DE PIB E CÂMBIO
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano permaneceu em 1,6%. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro projeta expansão do PIB também em 2%, para os dois anos. Superando as projeções, no terceiro trimestre do ano passado a economia brasileira cresceu 0,1%, na comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o IBGE. Entre janeiro e setembro, a alta acumulada foi de 3,2%. Com o resultado, o PIB está novamente no maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível de antes da pandemia, registrado nos três últimos meses de 2019. Os dados do quarto trimestre de 2023, com o consolidado do ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março. No caso do dólar, a previsão de cotação está em R$ 4,92 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5.
INVESTINDO NO MARACUJÁ
Com pouco mais de um ano de atividade, a Cooperativa de Agricultores Familiares dos Municípios da Amenorte (Cooanorte) colhe os frutos dos esforços de 65 dos 130 cooperados, que decidiram abraçar um projeto de produção de maracujá e contam com apoio e assistência técnica do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná).. Eles começam este mês a primeira colheita e o abastecimento da Polpanorte, empresa paranaense de Japurá que se transformou em uma das maiores produtoras de polpa do Brasil. O contrato prevê a compra de toda a produção, com preço mínimo garantido. Inicialmente serão 850 mil quilos. “Garantimos a compra de todo volume produzido nas regiões parceiras da Polpanorte, logo o quesito comercialização não será um problema”, afirmou o agrônomo e especialista agrícola do Grupo Zeppone/Polpanorte, André Luiz Ferreira. Os primeiros volumes da fruta começam a ser entregues no final de fevereiro, com o pico em março e abril. A previsão da empresa é consumir 5 mil toneladas de maracujá este ano, abrindo grande espaço para os produtores do Estado.