Ceasa Paraná recebe a visita do ministro Wellington Dias
02/08/2023 às 00:11
Foto: Gabriel Rosa/AEN

O Banco de Alimentos Comida Boa, programa do Governo do Paraná, será usado como exemplo para a criação de um projeto nacional de segurança alimentar do governo federal, segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. Ele visitou a sede da Ceasa Paraná em Curitiba nesta terça-feira (1) para conhecer o programa paranaense e assinar um termo de cooperação técnica que pretende expandir e apoiar uma rede nacional de bancos de alimentos.

O acordo também foi assinado pelo governador em exercício Darci Piana, pelo secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, e pelo presidente da Ceasa Paraná, Éder Bublitz, que também é presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento. O termo também pretende viabilizar ações educativas entre as Ceasas dos estados e melhorar a captação e distribuição de alimentos para pessoas em vulnerabilidade social e em segurança alimentar e nutricional.

“O governo federal veio ver como a gente faz, o jeito que a gente faz e vai levar isso pro Brasil inteiro, então isso para nós é um orgulho muito grande. Assinamos hoje uma parceria para a gente poder ensinar outras centrais do Brasil o que a gente faz aqui”, afirmou Piana.

O programa Banco de Alimentos Comida Boa atua em parceria com produtores e permissionários da Ceasa, que doam alimentos que não são comercializados, mas que estão em boa condição de consumo. Parte dos alimentos é processada e vira sopas, sucos e caldos, o que alonga a validade de consumo destes produtos, que então são distribuídos para entidades assistenciais. O trabalho de processamento destes alimentos é feito por pessoas privadas de liberdade em um projeto de ressocialização.

“Foi um aprendizado o que eu vi aqui hoje. Além de reduzir o desperdício e disponibilizar alimento bom e saudável para quem precisa, eu também encontrei um programa que tem o aspecto social como prioridade, com pessoas que estão cumprindo penas, mas que trabalham, dão renda para família e reduzem penas, o que também contribui para evitar a reincidência”, disse Wellington Dias.

IMPACTO – O programa do Governo do Estado beneficia, mensalmente, cerca de 130 mil pessoas, por meio de 301 entidades cadastradas que recebem e distribuem os alimentos a instituições assistenciais, hospitais, orfanatos e escolas. Antes da criação do Banco de Alimentos, em 2020, esse alcance era um terço do atual. O programa recebe anualmente um aporte de R$ 2,5 milhões do Governo do Estado.

O Banco de Alimentos funciona nas cinco unidades do Estado - Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. “Nós conseguimos levar a produção do agricultor paranaense, que alimenta o Estado, o Brasil e o mundo, a uma parcela mais vulnerável que precisa de apoio”, afirmou Norberto Ortigara.

A Associação Nova União de Pinhais é uma das instituições beneficiadas pelo projeto. Os alimentos recebidos por ela são distribuídos a cerca de 200 famílias em situação de vulnerabilidade social. “São pessoas abaixo da linha da pobreza que sobrevivem por meio deste projeto”, afirmou o presidente da instituição, Amarildo Amaral.

Participaram do evento de assinatura do termo o secretário de Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni; o secretário de Justiça e Cidadania, Santin Roveda; secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Lilian Rahal; os deputados federais Elton Welter e Geraldo Mendes; os deputados estaduais Pedro Paulo Bazana e Ana Júlia; e o presidente do Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Paraná, Paulo Salesbran.

com AEN

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