Recuperação judicial em alta
27/07/2023 às 05:00
Com um início de ano marcado pela recuperação de gigantes como Americanas, Light, Oi, Grupo Petrópolis, Raiola, Nexpre e Avibrás, que juntas somam mais de R$ 100 bilhões, o Serasa Experian destacou que no primeiro semestre deste ano o número de recuperação judicial no Brasil alcançou a marca de 593 pedidos, 52,1% em relação ao mesmo período do ano passado e maior número dos últimos três anos. Douglas Duek, especialista em reestruturação e recuperação judicial de empresas e CEO da Quist Investimentos - empresa que atua há mais de 10 anos com recuperação judicial no Brasil, explica que a tendência é que continue crescendo este número de recuperações, pois das muitas empresas que estão com problemas financeiros, nem todas adotaram as soluções necessárias.

NEGOCIANDO
Algumas ainda estão na fase de tentar negociar suas dívidas e boa parte ainda deve adotar a recuperação judicial, uma vez que, por exemplo, os juros ainda não cederam e muitas ainda estão aguardando a baixa deles. “Por isso, ainda devemos ter um incremento expressivo até o final deste ano. Além disso, temos novas crises acontecendo, posso citar como exemplo a crise do agronegócio. Como o preço das commodities caíram bastante, principalmente de soja e milho, devemos esperar que no segundo semestre tenha uma nova onda de recuperação no agronegócio devido a esta queda bruta e rápida da soja e milho”, destaca.

MONTANTE DE R$100 BILHÕES
O especialista diz que que esta somatória de R$ 100 Bilhões vem de setores diferentes e que cada setor tem motivos das suas dívidas serem grandes, como podemos observar em empresas sem capital próprio, como o varejo, no qual os juros acabam sendo uma dificuldade recorrente. Douglas salienta também que este número expressivo acaba endurecendo ainda mais as negociações com os bancos. “Os bancos continuarão rígidos nas operações porque se normalmente 3% da carteira dos bancos trazem problemas, eles acabam ficando tranquilos para renegociar, mas o cenário de hoje está bem acima disso. Se hoje se negocia e facilita para muitas empresas, vai representar grande parte da carteira, principalmente tendo em vista que o atual índice de endividamento é de mais de 50% acima do ano anterior”, pontua.

CONDOR INVESTE EM REFORMA
Os 25 mil m² do Condor Novo Mundo passaram por uma modernização completa de tecnologias, layout e reformulação de setores. O investimento de R$ 4 milhões focou na sustentabilidade, na exposição inteligente e na departamentalização estratégica, tudo projetado para tornar o momento das compras mais prático, resolutivo e agradável. A reinauguração acontece neste dia 27 de julho, às 8h, com um café da manhã para clientes. Segundo o presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta, a revitalização foi realizada para atualizar a loja, inaugurada em 2009, com as últimas tecnologias e tendências disponíveis no mercado. “O varejo é um segmento complexo e que segue um ritmo acelerado de transformação, por isso, precisamos investir continuamente na modernização das lojas existentes. Além disso, a maneira de consumir também muda, o que exige modelos de lojas aliados ao perfil do consumidor”, afirma.

INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS
Investidores estrangeiros praticamente dobraram os investimentos no setor produtivo brasileiro no ano passado. Segundo o Banco Central (BC), o saldo dos Investimentos Diretos no País (IDP) foi de US$ 90,6 bilhões, volume 95% superior ao apurado em 2021 (US$ 46,4 bilhões). Com isso, alcançou o maior valor dos últimos 10 anos. Os mesmos dados do Banco Central mostram que os investimentos estrangeiros no país chegaram a US$ 90 bilhões em 2022. Já segundo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), os investimentos estrangeiros diretos no Brasil saltaram 68% em 2022, para US$ 85 bilhões. A cifra fez do País o terceiro maior destino global de FDI, atrás apenas de Estados Unidos (US$ 318 bilhões) e China (US$ 180 bilhões). Segundo o critério de investidor imediato, a Europa permanece como a região que detém o maior estoque de IDP no Brasil, com 62,9% do total de US$901,4 bilhões. De todo o continente europeu, a Holanda lidera o ranking com 40,5% de todo o investimento, o equivalente a US$ 229,76 bilhões, segundo o mesmo relatório do Banco Central (BC).

VIAGENS PELO E-COMMERCE
Na hora de decidir pela compra de serviços online de viagem, 7 em cada 10 brasileiros desistem se a plataforma de venda não oferecer o método de pagamento desejado. Um percentual de 90% dos consumidores do país também quer contar com maior variedade de métodos de pagamento, como cartão de crédito, pix e milhas. Essas são algumas das constatações da pesquisa “Volta ao mundo em 80 maneiras de pagar”, feita pela canadense Nuvei, provedora global de soluções para meios de pagamento. O trabalho avaliou as preferências de aproximadamente 5 mil consumidores e as ofertas das empresas em 10 países, incluindo o Brasil.

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DO BRASIL
A agência de classificação de risco Fitch elevou, nesta quarta-feira (26), a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável. No anúncio, a agência justificou a nova classificação como reflexo de “um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado, em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”. A avaliação do Brasil tinha sido rebaixada para o patamar BB- em 2018. Mas, ao analisar o risco vigente, a Agência Fitch entende agora que “o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais”.

SITUAÇÃO COM A RECEITA FEDERAL
A Receita Federal disponibilizou para todos os contribuintes uma consulta aberta para a verificação de suas situações fiscais. A medida é fundamental para garantir a regularidade com o Leão. A consulta é feita de forma online, por meio de três plataformas: no site oficial da Receita, no e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte), ou ainda, por meio do aplicativo Meu Imposto de Renda. Aqueles que deixaram de entregar suas declarações no prazo, poderão verificar se possuem alguma pendência e ter a oportunidade de preencher a declaração atrasada ou, pelo menos, entender os motivos da omissão. Também está disponível uma declaração pré-preenchida com as informações que não foram enviadas inicialmente, tornando o processo mais ágil e eficiente. 

PRODUTORES DE MEL
Segundo dados de 2021 do IBGE, o agronegócio da apicultura e meliponicultura nacional produziu cerca de 55,8 mil toneladas e movimentou em torno de R$ 854,4 milhões. É um segmento muito dinâmico com fortes vendas no mercado interno e já atraindo a atenção de outros países, devido à qualidade do mel produzido no Brasil. E é por conta da importância deste sistema produtivo que um grupo de produtores gaúchos resolveram realizar o 1º encontro Abelheiro. Marcado para os dias 3, 4 e 5 de novembro de 2023, em Carazinho (RS), o 1º Encontro Abelheiro pretende reunir todo o agronegócio da apicultura e meliponicultura nacional. De acordo com César Souza, mentor e organizador do evento, a proposta do Encontro Abelheiro é ter expositores de vários segmentos ligados ao tema, estandes com venda de mel e oficinas práticas sobre o setor. “A ideia é promover negócios e trocas de conhecimento e experiências já que este é um setor dinâmico dentro do agronegócio brasileiro”, declara Souza.
ARAPOTI, POLO DO MEL
Segundo ele o Rio Grande do Sul é o maior Estado produtor, responsável por 9,2 mil toneladas, seguido pelo Paraná (8,4 mil) e o Piauí (6,9 mil). No total, 3.991 municípios registraram alguma produção de mel em 2021. A liderança é de Arapoti (PR), com 925,6 toneladas. Na visão da analista de pesquisa do IBGE, “esse é um mercado com demanda e espaço de crescimento. Há um potencial produtivo a ser explorado e muitos mercados consumidores interessados no produtor brasileiro”, afirma. Ele acrescenta que este é o caso da empresa americana Gran Rinati que participará do Encontro com o objetivo de promover negociações com fornecedores brasileiros de mel. “E para facilitar o desenvolvimento da atividade, trouxemos a Cooperativa de Crédito Cresol que tem linhas de financiamento para o setor”, acrescenta Souza. 
REMÉDIOS SOBEM 3% EM JUNHO
Levantamento feito pela Precifica, empresa especializada em soluções de pricing, como o monitoramento de preços do e-commerce, mostra que o IPM-COM (Índice de Preços de Medicamentos no e-Commerce) apresentou alta de 3,06% em junho na comparação com maio de 2023.  O estudo envolve os remédios mais procurados pertencentes a nove diferentes grupos e comercializados em seis redes farmacêuticas com atuação por meio de e-commerce. Levantamento feito pela Precifica, empresa especializada em soluções de pricing, como o monitoramento de preços do e-commerce, mostra que o IPM-COM (Índice de Preços de Medicamentos no e-Commerce) apresentou alta de 3,06% em junho na comparação com maio de 2023. Os antiparasitas foram os medicamentos que registraram o maior aumento de preço, 84,53%. Mas deve-se considerar que em maio este grupo foi o único com queda nos valores de venda, -34,04%.
 
 
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