“O Porto de Paranaguá pede Socorro”. Esse é o alerta que o Instituto Democracia e Liberdade (IDL) está fazendo aos parlamentares paranaenses convidando “para uma séria reflexão” a propósito dos deslizamentos que vem ocasionando sérios problemas para escoamento pelo Porto de Paranaguá.
Em documento assinado pelo presidente da entidade, Edson José Ramon e encaminhado  ao Deputado Federal Antonio Wandscheer, Coordenador da Bancada Federal do Paraná, a entidade enfatiza que é “preciso alertar as autoridades federais (ministros e o presidente da República) para que considerem esse nosso alerta que temos chamado de “O Porto de Paranaguá pede Socorro”. São seis meses que o Paraná caminha com apenas uma perna quando se trata de chegar ou sair de Paranaguá, cidade que abriga o maior porto graneleiro do Brasil”, diz o apelo.
Em outro trecho, o IDL salienta que “a gravidade dos episódios ocorridos, passa despercebida pelos usuários, que atribuem esses problemas à péssima conservação da rodovia com o término da concessão de pedágio. Entretanto, não pode ser negligenciado pelos que detém as informações completas. O problema é muito maior, é estrutural, revelado agora com o grande volume de chuvas do final do ano passado que provocou a tragédia do litoral norte de São Paulo.
E prossegue: “O risco daquele trecho da BR-277 despencar é muito grande. E se isso ocorrer, o Paraná e o Brasil irão amargar o isolamento do Porto de Paranaguá que ficará inacessível para caminhões por período superior a um ano, com prejuízos incalculáveis para o Paraná e para o Brasil. Afinal, o Porto de Paranaguá não tem outro acesso para os caminhões que transportam nossas safras, os fertilizantes, e toda sorte de mercadorias importadas e exportadas por Paranaguá”.
Segundo o IDL, “não há obras mais importante no Brasil do que construir um segundo acesso rodoviário a Paranaguá. Temos informações, não confirmadas, de que o Dnit estaria fazendo o EVTEA da chamada BR-101 no Paraná, ligando a BR-116 na altura da Serra do Alpino a Garuva, em Santa Catarina. Esta obra daria a segurança de novo acesso ao Porto de Paranaguá, além de desafogar o trânsito na BR-376 entre Curitiba e Garuva. ”
E prossegue: “Convocamos a bancada federal do Paraná para se reunir com a classe empresarial e discutir essa reivindicação junto ao Ministério dos Transportes. De nossa parte, estramos envolvendo todas as entidade de classe e Federações, como o  Instituto Democracia e Liberdade (IDL) , Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) Movimento Pró-Paraná, Sistema Ocepar, Sistema Faep, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (FACIAP), Fetranspar, Fecomércio e Associação Comercial do Paraná (ACP), para juntos tentar salva Paranaguá e a economia do Paraná. “


Porto de Paranaguá é o maior porto exportador de produtos agrícolas do Brasil, com destaque para a soja em grão e o farelo de soja. As cargas que passam pelo Porto de Paranaguá não se limitam apenas àquelas produzidas no Paraná. Grande parte da produção do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais São Paulo e, inclusive, do Paraguai, é escoada por Paranaguá para a exportação marítima. 


Trecho interditado da 277