Imagina desperdiçar R$ 500 bilhões de reais pelo simples fato de não utilizar toda a capacidade dos recursos já existentes em parques industriais? Pode parecer história de pescador, mas o fato é que esse é o montante total que empresas e indústrias desperdiçaram no último ano no Brasil com capacidade oculta de produção. Um levantamento realizado pela COGTIVE - startup de software para otimização de indústrias -, revelou que 30% das indústrias operam com capacidade abaixo do esperado, especialmente por paradas de linha, má gestão dos processos, baixa performance dos ativos e problemas na alocação da mão de obra. “Enquanto a capacidade ociosa está relacionada à demanda inferior à capacidade de produção em uma determinada indústria, a capacidade oculta, quando aproveitada, faz com que o que se está produzindo possa ser feito em menos tempo, ou, caso haja demanda, o que se produza naquele tempo possa ter um volume muito maior", esclarece Reginaldo Ribeiro, CEO &
founder da COGTIVE.
NÚMEROS DO DESPERDÍCIO
Caso o potencial oculto das fábricas fosse explorado, o acréscimo seria de 5,6% no PIB brasileiro, com um grande impacto na economia e até mesmo mais ofertas de trabalho, renda e aquecimento de investimentos vindos do exterior. Para entender melhor esse número, o levantamento mostra que, na indústria de alimentos e bebida, ocorre 55,32% de capacidade oculta (na casa dos R$ 276 bi); seguida da farmacêutica, com 9% (R$ 45 bi); higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, com 7% (R$ 36 bi); e tintas e vernizes, com 0,54% (R$ 3 bi).
CONNECT WEEK
O Paraná é um dos estados mais inovadores do Brasil. É o segundo mais inteligente e conectado do país, conforme o ranking Connected Smart Cities 2022. Na região Sul, o estado lidera a corrida tecnológica. Alcançar tamanha representatividade é fruto de parcerias e de estímulo para que os negócios prosperem e para que ele se torne vitrine. Um destes grandes movimentos, neste sentido, é o Connect Week. Tração pelo desenvolvimento da inovação e da tecnologia, o evento conta com o suporte do Governo do Estado do Paraná, da Prefeitura Municipal de Curitiba, juntamente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PR), e da Assespro-PR/Acate (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Paraná). Trata-se de uma revolução na criação de eventos, feita com a cocriação de inúmeros parceiros que integram o ecossistema de inovação estadual.
EM JUNHO
O Connect Week é uma conquista única por reunir tantos players para desenhar uma programação plural, que abrangerá as áreas de negócios, networking, atualização, tecnologia, carreiras, conexões, empreendedorismo, cultura, gastronomia e esporte. Ele acontece entre os dias 19 e 25 de junho, com uma proposta de muito conteúdo, conexões, networking e atrações na cidade que é referência em turismo inteligente e que possui um dos melhores ecossistemas de startups do Brasil. Novamente de acordo com ranking Connected Smart Cities 2022, Curitiba foi eleita pela segunda vez a Cidade Mais Inteligente e Conectada do Brasil. A capital ocupa o primeiro lugar em Empreendedorismo e o segundo em Tecnologia e Inovação.
FATURAMENTO DO COMÉRCIO
O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) indica que a movimentação financeira real das pequenas e médias empresas (PMEs) do comércio registrou um avanço de 5,5% em 2022, quando comparado com 2021. O IODE funciona como um termômetro econômico das companhias com faturamento de até R$50 milhões anuais. Segundo Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, as PMEs foram favorecidas em 2022 pelo controle da pandemia de Covid-19 e os consequentes efeitos moderados na economia, em comparação ao biênio 2020-2021. “Além disso, incentivos fiscais como a manutenção e ampliação do Auxílio Brasil foram determinantes na sustentação do consumo, em meio a um mercado de trabalho em recuperação e à trajetória de alta da taxa de juros para conter a inflação”, explica. No comércio, o crescimento foi puxado pelo avanço do setor varejista (+7,6%), enquanto o atacadista cresceu de forma mais modesta (+5,9%). Por outro lado, o segmento de ‘comércio e reparação de veículos’ encerrou o ano com retração (-6,7%).
TRIGO PARA A AUSTRÁLIA
A Associação Brasileira da Indústria do Trigo – Abitrigo recebeu a visita de representantes do governo da Austrália para troca de informações sobre o mercado brasileiro de trigo, como forma de analisar as oportunidades de negociação do cereal entre o Brasil e os traders australianos num futuro próximo. O Presidente-Executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa, liderou a conversa com representantes do agronegócio do Ministério de Agricultura da Austrália e da embaixada e consulado desse país, que tem projeções de produzir, aproximadamente, 40 milhões de toneladas do cereal na safra 2022/23. Atualmente, a principal região importadora do trigo australiano é o sudeste asiático. “A Abitrigo é favorável à multiplicidade de opções de fornecedores de trigo aos moinhos brasileiros. Os representantes do governo australiano com quem nos reunimos informaram que seu país está em negociação com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para discutir um protocolo de cooperação com vistas a ampliar as perspectivas de negócios do país com o Brasil, entre outros, no que se refere ao trigo”, afirma Barbosa.
LUCRO DO MAGALU
O Magalu (B3:MGLU3), uma das maiores plataformas de varejo do Brasil, informou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) os resultados financeiros do quarto trimestre de 2022. No ano, as vendas totais da companhia – que incluem lojas físicas, e-commerce com estoque próprio (1P) e marketplace (3P) – atingiram o recorde de 60 bilhões de reais, com crescimento de 8% em relação a 2021. No quarto trimestre, marcado por datas importantes para o setor como Black Friday e Natal e pela realização da Copa do Mundo, as vendas totais foram de 18 bilhões de reais, um avanço de 16% na comparação anual. “Sempre estivemos determinados a crescer com rentabilidade, de forma sustentável”, diz Frederico Trajano, CEO do Magalu. “Em 2022, diante de um cenário macro muito desafiador, tornamos nossa estrutura mais leve ao mesmo tempo em que trabalhamos para ganhar participação de mercado. A evolução dos nossos resultados, trimestre após trimestre, mostra que estamos no caminho certo.”
R$10 BI NO CAIXA
Com a melhoria de resultados operacionais e de capital de giro, a geração de caixa do Magalu foi de mais de 800 milhões de reais no ano e de 2,2 bilhões de reais entre outubro e dezembro de 2022. A companhia fechou o ano com um caixa total de 10,6 bilhões de reais, incluindo aplicações financeiras e recebíveis de cartão de crédito – o que permite que o Magalu continue a investir em sua estratégia de longo prazo de ser o principal indutor da digitalização do varejo analógico brasileiro.
EMPREGOS EM JANEIRO
Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, mostram a criação de 83.297 postos de trabalho com carteira assinada em janeiro deste ano. No mesmo mês do ano passado, tinham sido criados 155.178 postos de trabalho, nos dados sem ajuste, que não consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. A abertura de emprego formal caiu em janeiro de 2023, por causa da desaceleração econômica e pelo fechamento de vagas temporárias no comércio. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.


Apesar da desaceleração em relação a janeiro do ano passado, houve melhora em relação a dezembro, quando haviam sido fechados 440.669 postos.
VAGAS POR SETORES
Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em janeiro. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 40.686 postos, seguido pela construção civil, com 38.965 postos a mais. Em terceiro lugar, vem a indústria (de transformação, de extração e de outros tipos) com a criação de 34.023 postos de trabalho. O nível de emprego aumentou na agropecuária, com a abertura de 23.147 postos. Somente o comércio, pressionado pelo fechamento de vagas temporárias típico do início de ano, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o fechamento de 53.524 vagas.
INFLAÇÃO DA CONSTRUÇÃO
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou inflação de 0,08% em fevereiro deste ano. A taxa ficou abaixo das observadas em janeiro deste ano (0,31%) e de fevereiro de 2021 (0,56%).


Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Sinapi acumulado em 12 meses chegou a 9,92%, abaixo dos 10,45% acumulados até janeiro. Com a inflação de fevereiro, o custo nacional da construção por metro quadrado chegou a R$ 1.685,74. A parcela dos materiais teve alta de preços de 0,10% no mês e passou a custar R$ 1.001,94 por metro quadrado. Já o custo da mão de obra subiu 0,04% e passou a ser de R$ 683,80.
INPC DE FEVEREIRO
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou o mês de fevereiro em 0,77%. O percentual é maior que o do janeiro, quando o índice ficou em 0,46%. No ano, o indicador acumula alta de 1,23% e, nos últimos 12 meses, de 5,47%, o que significa um recuo em relação aos 5,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2022, a taxa ficou em 1%. O resultado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Contribuiu para o resultado a desaceleração de 0,52% em janeiro para 0,04% em fevereiro nos preços dos produtos alimentícios. Em sentido contrário, os produtos não alimentícios avançaram e registraram em fevereiro alta de 1,01%, enquanto em janeiro o aumento tinha sido de 0,44%.